Saúde
Inovação em proteção solar: nanopartículas de dióxido de titânio prometem segurança e boa sensação na pele
O banho de sol é fundamental para a produção de vitamina D e a manutenção da saúde física e mental, mas a exposição excessiva pode provocar o aparecimento de queimaduras, manchas e, em casos mais graves, até câncer de pele. De fato, em países com grande incidência solar, principalmente de radiação UVA-UVB, e/ou uma cultura que favorece a excessiva exposição solar, tem-se verificado incidência significativa de melanoma.
O câncer de pele é o mais frequente no Brasil, correspondendo a cerca de 25% de todos os tumores malignos registrados no Instituto Nacional do Câncer (Inca). Mas, situações similares foram reportadas em outros locais como na Inglaterra, onde o melanoma maligno foi o quinto tipo de câncer mais frequente em 2014. Além disso, estima-se que 66% dos australianos irão apresentar algum tipo de câncer de pele até os 70 anos, segundo dados do Conselho de Câncer Australiano.
Dentre os protetores solares, o dióxido de titânio é um dos mais utilizados tendo em vista sua alta eficiência e estabilidade aliadas a baixa toxicidade. De fato, sua utilização é aprovada globalmente e está presente em mais de 25% dos produtos que oferecem proteção solar, particularmente em produtos infantis e produtos para peles sensíveis devido ao baixo risco de irritação quando comparado a outras substâncias fotoprotetoras. Porém, a substância tende a apresentar um sensorial bastante desagradável devido a formação de um filme branco e pegajoso na superfície da pele, fazendo com que os usuários apliquem menos protetor solar do que o necessário para apresentar eficácia.
Nesse sentido, o segmento de proteção solar carece de inovações em especial pelas dificuldades no desenvolvimento de materiais adequados para aplicação. Assim, este projeto visa a criação e a produção em escala piloto de nanopartículas de dióxido de titânio, totalmente dispersáveis em formulações cosméticas, gerando produtos seguros e eficientes, mais transparentes e com sensorial melhorado.
Tais características serão verificadas e monitoradas por meio de ensaios específicos realizados nos laboratórios da Chemyunion ou de empresas parceiras, obedecendo as rígidas normas e boas práticas, de modo a garantir a alta qualidade dos produtos gerados. Em suma, os materiais desenvolvidos neste projeto irão contribuir para melhorar a saúde e o bem-estar, aumentando a qualidade de vida da população, além de contribuir para aumentar a competitividade dos produtos brasileiros.
Parceiros
Chemyunion Ltda e Instituto de Química, Universidade de São Paulo